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Quero
libertar-me
de todas as cordas
a que estou atada desde que nasci; quero soltar-me delas
para não ter que arrastar
comigo
os que estão na outra ponta.
Não, não quero ser independente - quero que ninguém dependa de mim!
O caminho de regresso parece sempre mais curto.
Foto de bosniak, sacada de Deviant Art
O fenómeno é ocasionado pela dispersão da luz. Como a Lua não tem luz própria, ela reflecte a luz do Sol, que é branca – resultado da soma de todas as cores. Quando atravessa a atmosfera do nosso planeta, a luz reflectida pela Lua dissipa-se pelo ar. Em contacto com as moléculas dos gases que compõem o ar (oxigénio, nitrogénio e hidrogénio), algumas cores, como o violeta, o azul e o verde, podem dispersar-se a ponto de se tornarem imperceptíveis. É o que acontece quando a Lua está mais próxima do horizonte – ao amanhecer ou anoitecer. Nesses momentos, a luz penetra a parte da atmosfera mais próxima do chão e, para isso, tem de atravessar uma camada mais densa de ar. Nesse processo, perde boa parte das suas cores azul e verde. Sobram muito amarelo, laranja e vermelho. A mistura dessas cores é que dá o tom amarelado.
Quando está bem no alto do céu, a luz reflectida pela Lua conserva a cor original, que é o branco, pois em altitudes elevadas o ar é mais rarefeito , fazendo com que a perda das tonalidades luminosas verde, azul e violeta não seja tão acentuada.
Adaptado de "Super" por Eu própria
O coração batia ao ritmo da música altíssima, as luzes piscavam à minha volta, um mar de gente ondulava pelo jardim, cada um dirigindo-se à sua diversão favorita. Eu estava diante dele, diante do carrossel da minha infância, diante do carrossel no qual eu prometi andar (já lá vão 2 anos...) . E cumpri a minha palavra. Não delirei como delirava, não andei duas e três vezes como fazia, mas adorei aquela única vez que andei. E agora, ao escrever este texto, acredito com ainda mais força que por muitos anos que vivamos - 17, 50 ou 100 - a criança que fomos e os tempos felizes e simples que vivemos, permanecem dentro de nós; por isso é nosso dever não os deixar adormecer, recordando-os, revisitando-os (como eu fiz) e assim revivendo-os, porque é sempre bom voltar a ser criança, nem que por fugazes momentos...
Ansiamos pelo progresso, achamo-lo indispensável, afirmamos que não poderiamos viver sem ele.
Mãos robóticas fazem mais eficazmente o que outrora mãos humanas faziam; máquinas mais evoluidas aumentam os níveis de produção para valores inimagináveis na época em que o trabalho era realizado por funcionários; novos produtos, novos automóveis mais rápidos e potentes, coisas fúteis mas belas aumentam a nossa qualidade de vida; sistemas informáticos tornam operações outrora complexas e demoradas em acções simples, seguras e rápidas que podemos fazer no conforto dos nosos lares e sem o incómodo da deslocação; redes sociais na net permitem-nos conhecer gente em todo o mundo e comunicar com familia e amigos à distância.
Mas reparem: mãos robóticas ocupam os lugares outrora ocupados por mãos humanas; máquinas mais evoluidas diminuemo número de empregados para valores inimagináveis na época em que o trabalho era realizado por funcionários; novos produtos (de usar e lançar fora), novos automóveis e coisas fúteis mas belas aumentam a poluição; sistemas informáticos tornam operações outrora realizadas por seres humanos em operações em que estes são dispensáveis, e tornam-nos, a nós, que as podemos fazer no conforto e isolamento dos nosos lares e sem o incómodo da deslocação, em coisas anti-sociais e anti-naturais, que deixam de viver no mundo real, construido por moléculas e átomos, e passam a habitar num universo virtual, construido em código binário (zeros e uns!); redes sociais na net permitem-nos parecer que conhecemos pessoas de todo o mundo, quando na verdade nada sabemos sobre quem eles realmente são, e comunicar com os nossos amigos, esquecendo simultâneamante o prazer do contacto físico, da conversa cara a cara, directa e natural.
É esta a outra face da moeda: o desemprego a aumentar, logo, as condições de vida a degradarem-se; os jovens com cada vez menos esperanças num futuro promissor; um mundo cada vez mais poluido, com cada vez menos recuross naturais, um mundo em agonia onde já não se deseja viver; a condição humana a degradar-se, pois a cada dia que passa convivemos cada vez menos, falamos cada vez menos, saimos cada vez menos, contactamos cada vez menos, "saberemos cada vez menos o que é um ser humano".
E a isto chamamos progresso. Deveriamos, portanto, fugir dele? Talvez, mas, na verdade, ele é indidpensável e não podemos viver sem ele.
Tudo na vida tem um preço; só temos que estar dipostos a pagá-lo.
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